Passados já 10 dias sobre a conquista do 18.º título, e assente a euforia - a única passível de descida, ao invés da alegria e orgulho - gostaria de fazer um agradecimento especial, depois de todos os agradecimentos e reconhecimentos feitos a quem tanto nos marcou e ajudou.
A grandeza do CDUL ficou bem patente na forma como tantos partilharam o momento. Esta dimensão acabou por pender e verter-se sobre os indivíduos, como se sozinhos houvéssemos alcançado o que seja. Mas em nenhum momento perde-se a noção de que esta foi uma conquista colectiva: dos jogadores acima de tudo, que o futuro demonstrará serem cada vez mais autónomos e capazes; dos nossos amigos fieis, e lembro-me da nossa Massa Azul; e também da incansável Direcção.
Nos bastidores permanecem, como sempre modestos, alguns nomes importantes, que com a autorização presumida dos jogadores gostaria de relembrar formalmente, tal a importância que tiveram em tudo o que fizemos. Ao Manel Sommer Ribeiro e ao Pedro Gonçalves, o aplauso merecido para 2 extraordinários companheiros. Para que as palavras não surjam travestidas, bastará dizer que o trabalho do Manu ajudou a definir uma final. Um pormenor elucidativo: a "touche" de Agronomia, arma terrível, foi por um dia menos ameaçadora graças às suas horas infindáveis de estudo e ao trabalho espectacular feito com o "pack". Por outro lado, constatar um facto insofismável: a equipa do CDUL nunca foi derrotada fisicamente por qualquer um dos seus adversários, testemunho da qualidade do trabalho do Pedro nos últimos 6 anos e particularmente em 2011/2012.
Recordar também todos aqueles que seguraram o CDUL que não mereceu taças nem crónicas, o CDUL que não venceu, o CDUL que quase deixou de existir e que graças a treinadores e jogadores anónimos, juntamente com 4 internacionais de carácter inabalável (Sassá, Faria, Manu e Melo) acabou por resistir e ressurgir. Que esta vitória vos ajude a sarar as feridas de tempos inglórios e vos encha de orgulho. Vocês cumpriram a missão, somos todos juntos Campeões. Uma palavra de especial carinho para os irmãos Lupi Belo, exemplares únicos da melhor raça do CDUL, para o grande amigo Paulo Murinello, jogador e treinador de excelência em tempos difíceis, e para o querido e icónico João "Jota" Megre. Ainda bem que nunca desistiram. Lutamos sempre por vocês.
Recordar e sublinhar, finalmente, o nome que considero ser o mais marcante do CDUL nos últimos anos, e que terá lugar junto dos grandes como jogador e depois treinador: Pedro Melo e Castro.
O desporto nem sempre oferece a medalha aos que mais merecem. E faz-se aqui a homenagem justa ao homem que há 5 anos atrás liderou o CDUL até à fase de decisão do título nacional pela primeira vez em mais de 10 anos, a quem implementou uma nova forma de jogar, vencer e conquistar, a quem colocou o CDUL a vencer a fase regular em 2010/11, a quem introduziu as bases do jogo que ainda hoje se joga no Clube em vários escalões, incluindo os séniores. Um amigo de sempre, para sempre. Sem ti, não teríamos chegado onde chegámos. Sei que sentes o dia 2 de Junho como se fosse teu.
Agora é tempo de olhar para o futuro. O 18.º será cada vez mais passado e perderá sentido se não trabalharmos já a partir de hoje para o 19.º. E assim sucessivamente.
Obrigado
Luis Cassiano Neves