Lá fora: Munster campeão europeu!

Heineken Cup

Ao bater o Toulouse por renhidos 16-13 o Munster venceu pela 2ª vez (ambas em Cardiff) a Heineken Cup.

Foi um jogo muito disputado mas merecidamente ganho pelos irlandeses, perante um Millennium totalmente cheio e muitos milhares de adeptos que acompanhavam as suas equipas através de écrans gigantes em Limerick e Toulouse.

O Toulouse entrou muito bem e pressionou o Munster nos primeiros 20', mas estes estiveram impecáveis a defender. Na segunda metade da 1ª parte os irlandeses reagiram e instalaram-se na área de 22 francesa, com os seus avançados a controlarem a oval e através do pick and go acabaram por marcar um ensaio, depois de terem instantes antes falhado outro por o jogador irlandês ter deixado cair a bola a 20cm da área de ensaio, depois de ter ludibriado a defesa baixa francesa.

Após o intervalo o jogo esteve muito dividido, e depois do cartão amarelo mostrado a Pelous (por ter dado um pontapé no rabo de um adversário!!!!) seria o Toulouse a marcar ensaio e a empatar o jogo depois de grande jogada de Cédric Heymans.

Aos 65' é transformada a penalidade que viria a fixar o resultado final. Depois, os irlandeses fizeram uma gestão de bola muito boa, usando e abusando do pick and go (foram mais de 40 nos últimos 10') e foram a equipa que esteve mais perto de voltar a marcar ensaio, quando jogavam à mão faziam-no muito bem.

Esta estratégia irlandesa, que levou à "paragem" de jogo durante largos minutos está irritou sobremaneira os franceses que dão como título a um dos principais artigos do Midi-Olympique: "Le Rugby à 4 pattes!". Mas a questão não tem a ver somente com algum mau perder dos franceses, mas com a defesa do espectáculo, é um bocado aborrecido estar a ver o jogo parado ínumeras vezes durante o jogo porque a bola não pode ser disputada nos rucks. Mas os franceses à sua maneira reconhecem que Toulouse foi imprevisível, mas ineficaz e o Munster foi previsível mas eficaz.

Pierre Villepreux (Membro da Comissão do IRB sobre as Regras Experimentais):

"Lamento que a única regra que era preciso implementar entre as regras experimentais: a possibilidade contestar a bola nos rucks não tenho sido tomada. Teria reduzido consideravelmente o número de pick and go, ou peo menos levar a outras formas de pick and go. A decisão de não implementar esta regra é crucial pois ela é o suporte de todas as outras. É como darmos a carta de condução a alguém que depois é impedido de ter carro... Assim, os árbitros vão continuar a "dirigir" os jogos. ... Os jogadores vão cada vez menos disputar os rucks porque sabem que é inútil. Espalham-se mais o que obriga a voltar jogar perto. Vamos cansar o público com estas séries de pick and go, que começaram por durar 1 minuto, depois 2, depois 5. A possibilidade disputar os rucks manteria o principio de igualdade, base do rugby. Não foram os membros da comissão que não quiseram implementar esta regra, mas as federações e treinadores de vários países. Tanto do Sul como do Norte, como por exemplo os Ingleses e os Galeses."

Challenge Cup

O Bath conquistou o título ao bater o Worcester por 24-16.

Super 14

Crusaders - Waratahs jogam a final no próximo sábado.

Crusaders 33 - Hurricanes 22
Os Crusaders apuraram-se para a sua 6ª final dos Super 14. A sua vitória sobre os Hurricanes foi indiscutível, apesar de o marcador não transmitir o seu dominio avassalador: 80% de domínio territorial e 62% de posse de bola. Os Crusaders, conduzidos pelo enorme Daniel carter produziram jogadas impressionantes. Carter teve 100% de eficácia nos pontapés aos postes, destaque para a penalidade que marcou aos 56'. Estiveram a ganhar 33-8 até aos 79', sofrendo depois 2 ensaios (!) o segundo dos quais foi transformado por Jerry Collins (?) gesto que foi interpretado pelos adeptos dos Hurricanes como uma despedida (os franceses dão-no como quase certoi no Bayonne).

Waratahs 28 - Sharks 13
Apesar de terem sido os Sharks a adiantarem-se no marcador cedo os Waratahs conquistaram o domínio do jogo, concretizado por 2 ensaios e a vantagem de 15-5 ao intervalo. Após o descanso os Waratahs entraram muito bem e mataram o jogo com 2 ensaios de rajada.

Super 10

1/2 finais, 1ª mão:
Calvisano 20 - Pádova 18
Viadana 20 - Tréviso 16

Top 14

Com Gonçalo Uva a titular, o Montpellier foi derrotado em Biarritz por 20-0, num jogo que ficou marcado por uma cena de pancadaria generalizada, perante o seleccionador francês Marc Lièvremont, na qual Gonçalo Uva acabou maltratado por Betsen. O Montpellier viu reduzidas as hipóteses de ir à Heineken Cup para o ano. Com o Clermont e o Toulouse já apurados para as 1/2 finais e o Paris quase confirmado (perdeu com o último 9-6), 4 equipas lutam pelo último lugar nas 1/2 finais: Perpignan, Castres, Biarritz e Montauban.

Pro2

O Blagnac de Duarte C. Pinto, C. Spachuk e D. Penalva perdeu com o Grenoble por 15-9, tendo todos os pontos sido marcados pelo Duarte (3P) que foi o melhor jogador do Blagnac, tendo-lhe sido atribuídas 2 estrelas. Nesta jornada só houve 3 jogadores com 3 estrelas e isto apesar de (no melhor pano cai a nódoa) ter feito um avant numa jogada de ensaio para o Blagnac. Cardoso Pinto está em grande, apesar de não jogar a abertura, tem sido titular indiscutível a centro, para o ano a Agronomia já assegurou um grande reforço. O Toulon ao bater o Racing Metro por 31-17 assegurou a subida ao Top 14.

Test Match

Perante 20.000 espectadores, os Barbarians derrotaram em Bruxelas a Bélgica por 84-10.