sábado, dezembro 23, 2006

RUGBY ESCOLA DE VIDA?


Rugby Escola de Vida é um chavão que todas as pessoas ligadas ao rugby gostam de rotular a sua modalidade. Mas na realidade será assim?
Os tristes exemplos a que recentemente temos assistido nos jogos dos seniores (mas que também acontecem nos escalões de formação), com cenas confrangedoras de pancadaria entre jogadores, público, técnicos, pais e dirigentes, claques organizadas a insultar jogadores, etc. são sinais preocupantes que pôem em causa o bom trabalho desenvolvido por muitos.
Custa a acreditar mas parece que é verdade, eis alguns jogos onde ocorreram casos de violência, algumas presenciei outras foram descritas em foruns e blogs e conversas de terceiros, eventualmente nem todos corresponderão inteiramente à realidade, pelo que desde já ficam as desculpas por qualquer incorreção:
  • CDUP - Cascais em juvenis no ano passado, adultos a baterem em jogadores:
  • Loulé - Belas em seniores no ano passado, insultos racistas e ameaça à integridade fisica dos apoiantes do Belas (rapazes, raparigas e senhoras), o Belas veio a desistir de uma competição oficial por a FPR não ter actuado:
  • Agronomia - CDUP em seniores no ano passado, desentendimento entre jogadores do CDUP e apoiantes da sua equipa, com insultos e agressões.
  • CDUL - CDUP em juniores no ano passado, jogo acabou mais cedo por insultos racistas a um jogador que provocou enorme sururu por duas vezes;
  • Torneio de 8 em juniores e juvenis este ano, em Elvas, pancadaria generalizada;
  • Técnico - Académica em juniores, este ano, acabou tudo (jogadores, técnicos, pais e público) à pancada, foi necessário intervenção policial para acalmar toda a gente;
  • Vitória - Benfica em juvenis este ano, o treinador do Benfica bate num jogador do Vitória e os treinadores do Vitória "corrigiram" o treinador do Benfica;
  • Direito - CDUL B em juvenis, árbitro acaba mais cedo o jogo por comportamento violento dos jogadores (um jogador no chão a ser pontapeado por outros 3!);
  • Técnico - Direito em seniores, agressões entre jogadores no jogo e nas bancadas, insultos do público aos jogadores com incentivos à violência;
  • Direito - Agronomia em seniores, claque organizada para apupar os jogadores do Direito, comportamento muito indisciplinado destes, e no final pancada entre dirigentes do mesmo clube (?).
Felizmente até agora nunca aconteceu nada de grave, mas a continuar o rugby ainda vai ter direito a tempo de antena no prime time, mas não pelas razões que merece. Escusado será dizer as consequências negativas que estes acontecimentos têm nos pais que pensam pôr os filhos a jogar rugby e nos eventuais patrocinadores. Esta é uma tendência que tem de ser invertida rapidamente e os diversos responsáveis têm de actuar ou modificar o seu comportamento:
  • A FPR é a principal responsável pois tem de garantir o rigoroso cumprimento dos regulamentos e as condições para a prática da modalidade. Devem dialogar mais e respeitar mais os clubes;
  • Conselho Disciplinar tem de castigar exemplarmente todos os prevaricadores, sejam clubes, jogadores, (internacionais ou não), técnicos e dirigentes, e se necessário interditar campos;
  • Os árbitros têm de ser muito mais rigorosos durante os jogos no campo disciplinar;
  • As Direcções dos clubes devem preocupar-se mais com a forma como os seus atletas estão a ser formados, e assumir um papel disciplinador e pedagógico junto dos seus jogadores, sob pena de verem as suas escolas esvaziarem-se;
  • Os jogadores (responsabilidades acrescidas para aqueles que vestem a camisola de Portugal) devem ter um comportamento dentro do campo de acordo com a filosofia do rugby e respeitar os adversários, o árbitro e o público;
  • O público deve apreciar mais o jogo e deixar de tentar influenciar o árbitro ou perturbar os jogadores, pois só degradam a qualidade do espectáculo.

Esperemos que o período natalício seja aproveitado para descansar e reflectir sobre a nossa actuação e a forma como queremos que o rugby seja visto pelo grande público.

Ficam os votos para que 2007 seja o ano de afirmação do rugby em Portugal e com a nossa selecção a ir ao Mundial.

Para o CDUL ficam os votos para que seja campeão nacional em todos os escalões. BOM ANO!

4 comentários:

Anónimo disse...

Gostava só de corrigir a informação que o senhor referiu do jogo do Técnico - Academica Juniores...Sim, houve cenas bastante tristes na bancada que foi preciso a intervenção do PSP mas garante que nenhum jogador nem técnico das equipas JUNIORES teveram involvidos, nem de Academica nem do Técnico. A confusão na bancada correu durante o nosso jogo e até nos fomos espectadores passivas dos acontecimentos!!! Obrigado.

miguel rodrigues disse...

Rohan,

Obrigado pela rectificação. Aproveito para referir que com este artigo não se pretende atribuir culpas a ninguém, mas sensibilizar para melhorar.

Um Bom Ano para o Técnico e para o árbitro Rohan Hoffmann.

Um abraço

Anónimo disse...

É na realidade muito grave o que se passa no rugby nacional neste(entre outros)capitulo da dispiclina e formação.
Formação : actual parente pobre a ambicionada ida ao Mundial 2007! Na primeira fase dos CN muitas vezes não houve àrbitros, haver ou não haver boletins de jogo é o mesmo pois ninguem os controla nem seuer loga podendo os jogadores transitarem livrenmente entre equipa "A" e "B" ou jogadores juniores jogarem pelos juvenis .. ...são permitidas atitudes imcompreensiveis de incentivação à violencia (mata-os, vai lá para dentro e parte-os todos, manda-os para o hospital, mata-os!!) por treinadores de juvenis (os clubes alertados para a situação nada fazem!)...não é obrigatório a presença de um fisio nos jogos nem de ninguem que possa prestar 1ºs socorros ou fazer uma 1ª avaliação ....TOTAL ABANDONO!Se é assim que se tratam miudos de 15 e 16 anos, que formação é esta?! Que escola de vida é esta?!
NESTE MOMENTO, O RUGBY EM PORTUGAL NÃO É UMA ESCOLA DE VIDA!

Disciplina - os casos apresentados são apenas algumas das aberrações do nosso rugby ; mais graves são as situações encobertas quando não se quer tocar em alguem que possa fazer falta para o objectivo da FPR a curto prazo e que já levou a "convulsões" na arbitragem ... ...É claroo que quem dá um murro, um pontapé é "culpado", mas deve-se, tem que se recuar e saber : que condições foram criadas para evitar aquele murro? que castigos foram dados em situações anteriores ? quem estava lá para controlar evitar aquelas situaç~es? Era o árbitro o indicado para aquele jogo? Está o árbitro a ser devidamente ajudado na resolução dos problemas com 2 fiscais?O murro , o pontapé, é o fim da linha ... ...temos que recuar até à estação de partida e analisar os porquês destas cenas de violencia.
Penso que o cume da piramide do rugby nacional tem algum brilho, a base (leia-se ARS) tambem ... ...mas o meio da piramide tem estado esquecido em muito e determinantes aspectos (árbitros, controle e acompanhamento por parte da FPR, organização dos CN, etc)

Anónimo disse...

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