Transferências

O mercado de transferências português é praticamente inexistente, o amadorismo e o clubismo, reduzem as transferências praticamente às situações de mudança de morada por razões académicas ou profissionais, e a alguns casos de jogadores que saem de clubes porque não jogam, ou porque têm amigos noutras equipas, ou porque acham que vão evoluir mais e ter outro tipo de oportunidades noutros clubes, mas o peso da camisola ainda é muito forte. Existem ainda as contratações de estrangeiros para colmatar lacunas nos planteis que o mercado nacional não resolve.

Obviamente que a principal razão é financeira, a maioria dos clubes têm orçamentos muito pequenos, que mal dão para suportar as despesas de funcionamento. Mas as coisas estão a mudar, há mais empresas a olhar para o rugby como um meio de publicidade, temos todos que continuar a promover a modalidade que vai ter um grande aumento de praticantes. Para isso é necessário continuar a apostar na formação de treinadores, árbitros e também de dirigentes.

Se existir profissionalismo, as empresas confiam e investem. O "negócio" rugby é rentável e move quantias fantásticas nalguns países, veja-se o artigo publicado num jornal francês:

"La Ligue nationale de Rugby (LNR), réunie en assemblée générale, a voté jeudi la répartition des 12 millions d'euros versés l'an dernier par la Fédération française de rugby (FFR) dans le cadre de la mise à disposition des Internationaux pendant le Tournoi des Six Nations et la Coupe du monde 2007. 40 joueurs avaient été retenus pendant 7 semaines lors du dernier Tournoi, et 30 le sont depuis le 1er juillet, en préparation du Mondial. Les employeurs de ces joueurs toucheront 3 millions d'euros, alors que les 9 autres iront à l'ensemble des clubs de Top 14 (5 M) et de Pro D2 (4 M) en raison de l'absence de compétition jusqu'au 26 octobre.

Par ailleurs, l'assemblée générale a voté le budget de la saison 2007-2008. Pour la première fois, la barre des 50 millions d'euros est franchie (52, 4 M) avec une hausse de 20% des reversements pour chaque club de Top 14 (1,2 M euros et de 19% pour ceux de Pro D2 (650 000 euros)."

Para se ter uma iéia do orçamento dos clubes de topo veja-se o Clermont-Auvergne, vice-campeão francês e vencedor da Challenge Cup, que tem um orçamento de 14,2 milhões de euros!!!

Provavelmente o rugby em Portugal nunca chegará a estes números, mas podemos e devemos fazer muito melhor, para isso há que aumentar o número de profissionais na gestão do rugby, seja nas instituições oficiais, seja nos clubes.

Bom, mas a minha ideia não era descambar para este tipo de divagações, mas sim desafiar os adeptos dos clubes a falarem sobre 3 jogadores (a jogarem actualmente em Portugal) que gostavam de ver nos seus clubes, em vez de estarem a inventar transferências inexistentes.

Por exemplo em vez de inventarem que o Duarte Cardoso Pinto ia para o Direito, porque é que não assumem que era um dos jogadores que gostavam de ver jogar no vosso clube. Eu, como adepto do CDUL gostava de ter no meu clube o Juan Murré, o Conrad e o Diogo Mateus (só!), acho que iriam dar grande consistência ao plantel.