sexta-feira, abril 25, 2008

Uma opinião sobre o rugby em Portugal

Espero que este comentário não crie mais polémica, ou levante uma onda de comentários anónimos que, em vez de contra argumentarem de uma forma inteligente e sustentada com factos empíricos, iniciam uma avalanche de falácias adhominem (significa atingir a quem argumenta com comentários a características físicas, pessoais ou psicológicas, ao revés de criticar o argumento). Desta forma espero dar o meu contributo sobre alguns dos assuntos que têm vindo a ser discutidos neste blog, visto que só agora encontrei tempo e paciência para escrever uma prosa clara e sustentada.

Antes de mais tenho que por em causa o tipo de adeptos ou praticantes que postam os seus comentários neste blog. Suponho que seja, das duas uma: (a) uma faixa etária bastante jovem que tem, como se diz na gíria portuguesa, “muito sangue na guelra”. Não que isto seja mau na idade adolescente, mas muitas vezes obnubila o obvio e torna os raciocínios muito parciais (para alem do mais, e sem querer ofender os 50toes, duvido que essa tão sábia geração seja blogomana, basta olhar para o meu pai e a maneira tosca como maneja o rato), ou (b) uma toda quantidade de gente que jogou rugby mal e porcamente (tipo uma época na equipa do direito ou cdul de 1977), ou que nunca jogou. E vive através da posição de adepto uma quantidade de emoções recalcadas levando o/a ter raciocínios completamente distorcidos que ignoram por completo toda a historia e o espírito do rugby português, o que não quer dizer que não existam recém chegados á modalidade que conseguem ter argumentação bastante pertinente e válida (não preciso ter jogado á bola para apoiar um clube e saber falar dele de forma inteligente certo!).

Posto isto, permitam – me argumentar. A arbitragem tem dado muito que falar, só quem nunca jogou rugby a nível Júnior/Sénior em Portugal, ou quem nunca jogou de forma regular, ou jogou mas é um completo mente capto (visto que depois de uma época conseguimos perceber o panorama da arbitragem) é que pode continuar a afirma que o seu clube é roubado ou perseguido por essa força superior de apito na mão. O problema é simples, o rugby português tem uma arbitragem má, não que seja a culpa do Homem de apito, mas o facto é que assim como a profissionalização de jogadores e treinadores melhora as suas capacidades técnicas, colectivas e individuais, também a profissionalização da arbitragem melhora significativamente (para não dizer bastante) a prestação dos mesmos.

Como ex-jogador, posso dizer que os árbitros em Portugal devido á falta de formação, apoio, e até de “background” rugbystico têm falhas graves na resistência á pressão dos jogadores e publico, têm falhas graves no posicionamento no terreno, têm falhas na interpretação das regras e não conseguem tomar decisões correctas de forma rápida de modo a não mostrar hesitação ou tornar o jogo pouco dinâmico. Claro que isto tudo sempre será dificultado pela a existência rara, ou nula, de juízes de linha (“liners”) qualificados que só agora começam a aparecer com mais regularidade em jogos seniores, mas muito rara ainda nos escalões de formação; essencial para que os jogadores mais novos tenham total conhecimento das regras (Quem nunca viu e ouviu grandes lideres como Martin Johnson, George Gregan a discutir não a decisão mas a regra com o arbitro durante uma partida?). Claro que existem excepções á regra e muitos árbitros em Portugal (para ti JoJo) que são verdadeiros guerreiros desta arte e que continuam, dentro das possibilidades nacionais, a tentar melhorar a qualidade desta “profissão” que tanto desagrado levanta.

Para terminar, antes de pensarem que mais uma vez a vossa equipa (como adepto ou jogador) é perseguida por essa força paranormal comumente chamada por “roubo”, parem e reflictam se é de forma propositada ou pura incompetência e falta de “know-how”.

O segundo ponto que gostaria de abordar é a tal liga Ibérica, que muitos criticam, outros apoiam, ou até mesmo dizem que sim mas pensam que não. É importante perceber, e quem jogou sabe disso (principalmente se foi internacional em algum momento da sua vida) que quanto maior for a competitividade e qualidade do jogo mais se evolui como jogador e como equipa. Apesar de não gostar muito do seleccionador nacional, o Prof. Tomás Morais fez uma analise muito bem feita do campeonato português e que passo a citar “Em Portugal utiliza-se pouco a bola…muito pouco tempo de jogo útil”, ou seja, não é preciso ser superiormente inteligente para perceber que quando um jogo em Portugal é equilibrado, passamos mais tempo a ver formações ordenadas, chutos para fora, transformações aos postes e alinhamentos do que jogo jogado, e que cada vez que uma equipa consegue encadear 7/8 fases (o que é raro) a equipa adversaria não só perde capacidade e compostura defensiva como quase sempre dá ensaio. Isto revela que o rugby português ainda está muito limitado, mesmo na selecção o estilo de jogo comumente aplicado é denominado na gira “jogo de equipa fraca” (“week teams game”), ou seja, quando os jogadores de uma equipa ainda não conseguem utilizar bem a bola quando a pressão defensiva é muita elevada ou quando a equipa é física ou tecnicamente superior, a bola é constantemente chutada para o meio campo adversário de forma a ser recuperada (de preferência através de uma penalidade) com uma defesa agressiva (um pouco o que a argentina fez durante todo o mundial mas com uma capacidade técnica e de execução superior).

Concluindo, chamem-lhe liga Ibérica, Mediterrânea ou Ibero-Arabe. É fundamental para as equipas portuguesas, seus jogadores e treinadores que entrem noutro tipo de competições, adaptem-se a outros estilos de jogo e aumentem o nível de exigência de como jogam o seu jogo para que cada vez mais joguem a bola em vez de chuta-la. Para quem teve com atenção, percebe e gosta de rugby, o impacto do Daniel Orcade, quer no Direito (como treinador) quer selecção (como adjunto e pelos seus jogadores serem a espinha dorsal), foi sentido no âmbito de jogo jogado. O Direito na fase pré-mundial apresentava-se com uma equipa que jogava á mão de todas as posições no terreno, recordo o ensaio que dá a vitoria a Portugal contra a Geórgia no Universitário de Lisboa nessa mesma altura, numa jogada á mão iniciada nos 22 portugueses pelos jogadores Frederico (pico) Sousa e Miguel Portela culminando com um ensaio de Pedro (kiki) Carvalho após 5/6 fazes de utilização manual da oval. Isto vem provar a pertinência de criar situações de maior desafio técnico para os praticantes da mudalidade em Portugal.

Para concluir queria falar de certo tipo de pirotos que são feitos ás equipas nacionais e a atletas que jogam nessas mesmas equipas. Esses comentários revelam um fraco conhecimento do rugby Português e revelam uma fraca compreensão das dinâmicas das equipas portuguesas. Para todos aqueles que gostam de fazer comentários como “a agronomia só ganha jogos porque todos os anos trás uma mão cheia de sul-africanos”, ou “o cdul ainda tem que comer muita feijoada para ser equipa” e até ainda “se o direito tivesse o Vasco Uva iam ver” e outros de um caracter mais ofensivo.

Na curta vida que o rugby Português tem, o panorama mudou muitas vezes e tiveram como protagonistas um número variado de jogadores e clubes. Quem imaginaria que no início da década de noventa o fraquito actual Cascais foi penta campeão nacional e representava este mesmo clube a espinha dorsal da selecção nacional. Será que se esqueceram que o despromovido Técnico nessa mesma década tinha presença regular na fase final dos campeonatos chegando mesmo ao titulo de campeão nacional em 98 (salvo erro), com uma equipa de sonho com Paulo Silva, Rui Chansa, Paulo Marques, Luís “lois” Pissarra, Nuno Mourão, Rohan Hofman e uns tantos NZ? Não se lembram do Pack avançado do cdul que era considerado como melhor do que o Pack avançado da selecção? Com nomes como Sérgio “Caveira”, Manuel Sommer, Melo e Castro, Paulo Silva e mais uns tantos bifes? É assim tão distante o período em que o Direito passou na segunda divisão, saindo só quando Tomás Morais uniu o talento de uma equipa júnior que passava mais tempo na 24 Julho do que a treinar, com uns quantos cotas casca grossa e uns bifes de qualidade (como Quinton Davis Springbook após passagem pelo clube de Monsanto) para formar um grupo campeão? E quando o Diogo Mateus se estreou por Portugal aos 18 anos na ponta contra a Espanha numa altura em que Tomás Morais acumulava dois cargos (e muito acusado de conflito de interesses). Estavam lá para ouvir o publico a criticar “como podia um ex. Numero 8 jogar na ponta e tão jovem? E por onde andou o Belenenses e a Agronomia até ao ano 2000? Será que jogadores como: Pedro Neto, Balula, Timothy King e Cavaco não tinham a técnica e a experiência para serem campeões?

Antes de pensarem que estão no melhor clube português lembrem-se que de acordo com Newton tudo o que sobe desce e tudo o que desce sobe. Os vossos heróis nem sempre foram aplaudidos, as vossas equipas nem sempre foram as piores e os vossos clubes nem sempre foram os campeões. Todas as equipas têm gerações que prometem e que não cumprem, têm jogadores que nunca desistiram mas por ambicionarem de mais desmotivam-se, têm jogadores que nunca deixaram de acreditar e são recompensados, momentos bons, momentos menos bons. Cada equipa é um ser vivo, e segundo Darwin quem sobrevive não é o mais forte mas sim aquele que de acordo com as mudanças do seu meio ambiente esta mais bem adaptado para sobreviver.

Espero ter sido útil, pelo menos para elevar um pouco o tipo de critica e argumentação feita. Espero muita crítica positiva e negativa, mas de uma forma identificada e inteligente.

Duarte Silveira

44 comentários:

Anónimo disse...

Mas quem é vossa excelência Duarte Silveira? Quem foi? Qual a sua história rugbistica para estar a escrever palavras que além de estarem mal escritas,(no rugby português não há muitas "fazes", só dizem asneira? Fazes o quê? Esse português Duarte.

Anónimo disse...

quanto ficou o cdul belem?

Anónimo disse...

Apesar de mal escrito,partilho muitas das ideias deste "post" e acho que o que há de errado com as equipas estáa ter tendencia a desaparecer..hoje todos temos amigos ou conhecidos noutros emblemas e temos de perceber, que tanto eles cm nós, damos o maximo por aquilo que representamos.
Abraço do tecnico

Anónimo disse...

So li o primeiro paragrafo e ja me comecei a rir. O Duarte quer escrever bem e bonito mas depois diz logo algo que nao quero qualificar para nao me apagarem o comentario...

Assim sendo: "factos empiricos"
E eu pergunto-me, existe algum facto que nao seja empirico? Ou seja, nao serao todos os factos evidencias do passado? ou entenda-se de experiencias passadas?

Se sabe jogar, jogue. Se quer escrever desta forma, se calhar sera melhor pedir ao Cassi que lhe faca uma revisao dos textos antes de os publicar.

Pedro Joao Guedes

Anónimo disse...

Duarte. Em primeiro lugar queria dar os parabens pelo post. finalmente apareceu alguem para chamar á razão todos aqueles que se julgão "sabichões" do rugby, lá porque foram campeões nas décadas de 70 ou 80 e já não podem ser criticados, ou então por todos aqueles "novatos" que já se julgam estrelas de equipas... de certa forma concordocontigo quando afirmas que a juventude tem "muito sangue na guelra", pois fazem comentários de que eles próprios se deviam envergonhar. confesso que é a primeira vez que venho aqui escrever, embora todos os dias goste de quando chego a casa vir dar uma "espreitadela" no blog. Quanto á arbitragem não tenho muito a acrescentar. O tal senhor de apito na mão não sabe lidar com emoções fortes, e nos escalões de sub18 e sub20, deixam-se muitas vezes domar pelas ameaças dos adeptos mais arruaceiros mudando contantemente de decisões.
Já no tema "taça ibérica", existem muitas versões e cada uma diferente da seguinte que se vai ouvindo por ai. Vão surgindo acusações áqueles que tentam evoluir o rugby português, como é o caso do senhor Amado da Silva, ou Cabé... Mas, por trás de tantas criticas, são poucos aqueles que tentam fazer melhor. Este é o problema não só do rugby portugûes, mas sim do povo português, que por regra geral nasce perdedor.
Para terminar deixo aqui o filme dos pequnos "lobos" sub17, em Millfield á cerca de 3 semanas.
Um grande abraço.

SR

Anónimo disse...

quanto e que ficou o evora cdul de sub18

Anónimo disse...

Qual o resultado do cdul- belenenses de hoje???

Anónimo disse...

Évora 11-41 Cdul, sub18 referente aos quartos final da Taça de Portugal

Anónimo disse...

para o anónimo das 7.15 o duarte jogou pelo cdul e acabou a sua carreira rugbistica no bath, em inglaterra. sei que foi internacional mas nao tenho a certeza se foi so nas selecçoes mais jovens ou se ainda jogou na equipa senior. se soubesses alguma coisa de rugby sabias quem ele é. visto k n sabes nada n venhas ca escrever mais pk aki fala se de rugby.

abr ze maria sn

Anónimo disse...

Sub 20
Belenenses 34-30 Direito

Os meninos do direito estao cada vez piores e nunca na vida vao ganhar 1 campeonato ou uma taça...e vergonhoso passear a noite e encontra-los na noite na vespera de um jogo todos bebados! Tem muito q crescer como pessoas...

Anónimo disse...

tio onde é que posso arranjar uns daqueles chanatos do isla que esstiveram a dar no jogo de hoje?

Anónimo disse...

Pedro Joao Guedes

Obrigado pelo comentario...tem toda a razão.

Anónimo das 7.51

Se tivesse em Portugal podiamos combinar um café para recordar com nostalgia esses momentos de história rugbistica, como estou em La Paz, Bolivia, em trabalho aqui fica o meu numero +591 70695385 ligue por favor terei muito gosto em falar consigo

Duarte Silveira

Anónimo disse...

mas o belem sub20 ja e campeao por ter vencido um jgo em q foram mais os erros do adversario doq o merito dos azuis? tenham juizinho...

miguel rodrigues disse...

O resultado do CDUL - Belenenses em seniores foi 17-12 favorável ao Belenenses e conforme está na coluna da direita.

Anónimo disse...

4 taças de portugal junior
3 supertaças
2 taças ibericas
2 campeonatos junior
capitão das seleções jovens sub 19, sub 21
Jogou como profissional no bath rugby(www.bathrugby.com/4007_2348.php
www.bathrugby.com/4007_2354.php
http://www.bathrugby.com/4007_1628.php)

Apesar de ter feito uns quntos jogos pelos seniores do CDUL ele foi mais um dos que passou mas não escreveu o seu nome na historia do rugby portugues, porém tem um curriculo enquanto jogador que demonstra que poderia ter feito muito mais do que fez.


S

Anónimo disse...

Se estás na Bolivia como é q consegues fazer comentários destes...vergonha!!!!

Anónimo disse...

gostei do que escreveu o duarte mas não concordo em relaçcão aos arbitros.no que respeita aos dois jogos das 1/2 finais belem-cdul assistimos a duas más arbitragem,a 1ª no restelo com um arbitro que não sabe e naõ consegue controlar os jogadores--- mas é honesto,no 2º jogo um arbitro que sabe mas é malandro e muito desonesto .claro que prefiro o 1º, quem será o arbitro da final. abraço H.C.

Anónimo disse...

boas férias cadule!!!!

Anónimo disse...

Se estás na Bolivia como é q consegues fazer comentários destes...vergonha!!!!




vergonha porquê?

tas a espera que ele trabalhe 24 sobre 24 horas?

Anónimo disse...

Não sei que idade têm os responsáveis pelos comentários das 7.51, 7.59 e das 10.14, porque senão têm cabeça suficiente para perceber e interiorizar as opiniãoes dos mais "velhos" e mais sábios, então onde irá parar o futuro desta modalidade, em portugal?

Em relação ao que foi dito, a parte que compete á arbitragem portuguesa é algo da qual partilho a opinão, sendo que nos escalões de sub18 seja pior (na minha opinião). E posso confirmar porque pertenço a uma equipa que foi eleminada num jogo da meia final porque um árbitro que tem odescaramento de vir pedir desculpa ao nosso treinador no fim do jogo porque não sabia que estava a arbitar uma meia final e porque marcou um ensaio penalidade devido a uma placagem alta não existente que o arbitro afirmou ter marcada a respectiva falta por não ter conseguido perceber bem se era falta ou não.
(sem querer tirar todo o mérito que a equipa adeversária mereçe pelo excelente espirito de entrega e o excelente jogo que nos proporcionaram).

Fica aqui um abraço de um jogador novo no desporto mas apaixonado e pronto a evoluir e ajudar portugal a evoluir no que é o melhor desporto do planeta.

Anónimo disse...

jose maria sn, desculpe la se terei que saber o que cada jogador nas camadas jovens venceu.. As camadas jovens servem apenas para preparar os jogadores para os seniores, visto o Duarte não ter jogado nos seniores não passa de uma tentativa de jogador de rugby que saem nos juniores e não têm pedalada para o nivel senior!

miguel rodrigues disse...

Estava curioso em ver que tipo de coments apareciam, o primeiro marcou logo o terreno: quero lá saber o que escreveste, não és ninguém na história do rugby nacional e escreves com erros, portanto não direito a falar.

Tristeza.

miguel rodrigues disse...

Estava curioso em ver que tipo de coments apareciam, o primeiro marcou logo o terreno: quero lá saber o que escreveste, não és ninguém na história do rugby nacional e escreves com erros, portanto não direito a falar.

Tristeza.

Anónimo disse...

Caro Duarte Silveira,

Fico muito contente com o seu apelo à argumentação e concordo totalmente com o que diz sobre os ataques “ad hominem”. São ataques falaciosos que em nada diminuem o argumento contrário. É muito positivo que alguém chame a atenção para isso porque a maioria do que se ouve e lê nas discussões em Portugal, não só nas discussões nos blogs de râguebi, são ataques desse tipo.

No entanto, quando diz que provavelmente muitos dos que escrevem nos blogs são ou foram maus jogadores de râguebi e que, portanto, vêm para os blogs descarregar frustrações, o que fica subentendido é a ideia de que um argumento apresentado por alguém nessas condições deve ser desvalorizado. Ora, isto é um ataque “ad hominem”.

Sei que muito poucos aceitarão o que vou dizer, mas o argumento de um dos melhores jogadores de râguebi de todos os tempos vale, à partida, tanto como o de alguém que joga mal ou nunca jogou. E o facto de alguém ser motivado por frustração ou algo semelhante também não retira a mínima força aos seus argumentos (podemos é ficar com fraca impressão dessa pessoa, mas isso é outra coisa).

O que interessa é se o argumento é válido (se respeita as regras silogísticas) e sólido (se as premissas são verdadeiras).

Se uma sumidade do râguebi mundial disser que as ELVs são prejudiciais para o futuro do jogo e alguém que nunca jogou ou que é um desastre a jogar disser o contrário, o que temos que ver é quais são os argumentos apresentados por cada um deles e verificar quais desses argumentos são válidos e sólidos (não significa isto que todos os argumentos de autoridade sejam desprezíveis; há casos em que o bom senso aconselha a aceitá-los, mas são casos em que se discutem assuntos em que esmagadora maioria das pessoas não possui nem está em condições de vir a possuir conhecimentos; por exemplo, se todos os grandes investigadores em Física argumentarem a favor de algo relacionado com a sua disciplina e o Sr. João que nunca estudou nada na vida afirmar o contrário, manda o bom senso que os que nada percebem de física aceitem, ainda que com alguma reserva, a argumentação dos físicos).

Um exemplo de um argumento que não é válido:

Se o Daniel Carter concluir que os ABs são melhores do que a selecção da Nigéria porque a Nova Zelândia é um país com uma economia mais desenvolvida e é um país mais pacífico do que a Nigéria, este argumento não é válido; as premissas, apesar de verdadeiras, não implicam essa conclusão. Do facto da NZ ser economicamente mais desenvolvida e mais pacífica do que a Nigéria não decorre que a selecção da NZ seja melhor do que a da Nigéria. Este argumento, seja quem for que o apresente, não é válido, é o que se chama um “non sequitur” (apesar, de curiosamente a “conclusão” ser verdadeira).

Um exemplo de um argumento que não é sólido:

Se o Daniel Carter concluir que os ABs são melhores do que a selecção da Nigéria porque a Nova Zelândia é um país mais populoso do que a Nigéria e as selecções dos países mais populosos são melhores do que as dos menos populosos, este argumento é válido (a conclusão decorre das premissas) mas não é sólido; a conclusão decorre das premissas, mas as premissas são falsas (a NZ não é mais populosa do que a Nigéria e nem sempre as selecções dos países mais populosos são melhores do que as dos menos populosos).

Cumprimentos,
Vasco M.

PS - Há muitas formas de rebater argumentos. Muitos argumentos - os que não são válidos - podem ser rebatidos sem se recorrer a factos.

Anónimo disse...

www.bathrugby.com/4007_2348.php

www.bathrugby.com/4007_2354.php

http://www.bathrugby.com/4007_1628.php) - not found

Diego SilvIera era o seu nome naquelas bandas...

Interessante.

Anónimo disse...

Acho o post do Duarte Silveira uma excelente iniciativa.
O Duarte terá sempre um lugar no rugby : foi um grande jogador (quem não o conhece é porque não andou por cá) , capitão, internacional, etc.
Decidiu não jogar mais ; respeite-se.Decidiu agora contribuir com o post sério sobre o nosso rugby ; não critiquem anónimamente e de uma forma descabida. Se não concordam, apresentem as vossas rezões, debatam ... ...ou não são capazes e que os move é apenas armar bagunça ?

Dos diversos temas que o Duarte focou há um , para mim, extremamente importante : arbitragem. Penso que há muitos anos que não se tentava fazer tanto e de forma organizada pela arbitragem em Portugal.Vê-se fiscais em muitos jogos, nota-se preocupação nas nomeações, vê-se interacção entre escola de novos árbitros e CA, vê-se aparecer e serem avaliados novos árbitros ... ...Coisas boas estão a passar-se.
Isto não quer dizer que ache que , de repente, em Portugal, todos começaram a apitar bem.Nada disso. Tenho discordado de muitas arbitragens, algumas vezes , inclusivê, da forma não mais correcta , mas acho que a reação do "publico" para com os árbitros é uma vergonha.
Quanta vezes oiço antes dos jogos começarem, em diversos campos : "estamos lixados, o árbitro é XXXX" !!!!
Isto é justo? Condenar-se antes de se ver actuar?
Claro que não. Tivémos este ano uma gratificante experiencia com a arbitragem no CDUL, após um jogo de SUB20 em que tinhamos ficados com muitas duvidas em relação a vários lances. Propusémos ao árbitro em questão vermos o filme em conjunto, o qual de imediato aceitou.Foi extremamente produtivo : "aprendeu" o árbitro, aprendemos nós ... ...foi bastante util.
Porque não uma postura deste tipo ; achamos que foi mau? Tentamos esclarecer no fim do jogo, procuramos rever o jogo em conjunto ... ..uma postura construtiva e não sistemáticamente destrutiva e ofensiva durante o jogo (e até antes dele começar)para com a arbitragem ?

É claro que "este barrete" tambem há-se de servir a comportamentos meus e do CDUL em diversos jogos, mas o que julgo importante é que as pessoas se consciencalizem que os culpados pelas derrota não são os árbitros, ou pelo menos , se em alguns casos o são, não o são deliberadamente.
É claro que como em todas as actividades há melhore e piores, há , talvez, os que conseguem uma isenção , um equilibrio, que os distingue pela positiva dos restantes.Mas daí a estar a chamar-lhes "ladrões" e outros nomes piores, vai uma distancia muito grande.

Acho que há aspectos que deviam ser essenciais , pelo menos na divisão de honra :intercomunicadores.

Hoje, no CDULxBelenenses, houce muita comunicação entre os fiscais e o árbitro, tal como "lá fora"; tive a ocasião de reparar que por indicação dos fiscais, muitos lances foram correctamente sinalizados/sancionados o que não seria possivel sem fiscais ou sem comunicação.

Desses que tanto gostam de gritar para os árbitros e ofenderem, há alguem disposto a patrocinar a aquisição desses aparelhos para progresso deste sector ?

Esses que tanto gritam, sabem quantos árbitros há e quantos jogos há por fim de semana? (os jogos são mais do dobro!!!)

Deixem este sector crescer, deixem que haja quantidade para depois se poder seleccionar a qualidade ... ...não os matem à nascença! Acham quando gritam obscenidades e ofensas para om campo estão a contribuirem para alguma coisa de positivo ?

Se acham então façam o favor de explicar o quê ... ....caso contrário vão aos jogos e comportem-se!

Se não fôr pelos árbitros, façam-nos pelos vcs clubes, pelos vcs jogadores ; ou acham que ao estarem a incendiarem o ambiente estão a ajudar a equipa ?!

Perguntem ao Pedro Eiró o que foi arbitrar, há uns 2 ou 3 anos,a 1ª parte de um jogo de juniores AgronpmiaxCDUL ?! "jurou para nunca mais" !!!

É claro que só vai para lá quem quer, mas se não os apoiarmos, se não percebermos que erram como os jogadores, dirigentes, treinadores e adeptos tambem erram, não estamos a contribuir para a evolução do sector.

Porque é que a maior parte das pessoas pessoas quando falam da arbitrgem nunca dão sequer o beneficio da duvida, não procuram analisar se alguma coisa de boa foi feita, se algo melhorou ?

Posso dizer que este ano, pelo menos em termos de sub20 e seniores, muita coisa melhorou.

Repito : é claro que como em tudo há bons e maus executantes ....

Uma palavra muito especial para os seniores, desde o corpo técnico aos jogadores : tive o prazer de os acompanhar um pouco nos jogos dos ultimos 2 ou 3 meses e observar muitos dos vossos treinos.

É claro que neste momento o sabor é amargo, é claro que nehum de vós está satisfeito. Quero apenas deixar uma palavra de quem está "mais de fora" e talvez veja as coisaas um pouco mais a frio.

Há uns anos, uma pessoa que muito estimava , numa análise que fez do CDUL , previu para estes anos que o CDUL estaria na luta pelas posições cimeiras do CN de seniores. Afirmava-o e fundamentadamente, baseando grande parte do seu raciocionio na qualidade das escolas do CDUL.

Vcs esta época provaram que ele tinha razão.Já o ano passado tinham subido um degrau (como o Duarte hoje afirmou), este ano subiram outro!
É claro que o facto da imprensa dizer ao longo da época que o CDUL era uma das 2 melhores equipas do CN não "enche vitrina", mas indica que trabalharam bem, indica que estão no caminho certo, indica que devem estar optimistas relativamente à proxima época ... ...indica que a vossa cabeça deve estar bem levantada e que devem estar orgulhosos do que fizeram este ano.

Para mim foi um prazer estar com vcs nestes jogos e assistir aos vossos treinos!

Se olharmos para esta equipa, não há duvida que está numa curva ascendente, se olharmos para as escolas vê-se que vem mais gente com valor .. ...Um grande abraço para este grupo e ... ...BORA LÁ CDUL ! O futuro é nosso!

Por fim os parabens ao Belenenses e as melhoras do jogador que foi para o hospital.

Um abraço,
José Maria Caupers

Anónimo disse...

jose maria sn, desculpe la se terei que saber o que cada jogador nas camadas jovens venceu.. As camadas jovens servem apenas para preparar os jogadores para os seniores, visto o Duarte não ter jogado nos seniores não passa de uma tentativa de jogador de rugby que saem nos juniores e não têm pedalada para o nivel senior!





Ao anonimo das 10:54 O duarte estreou-se pela equipa de seniores do cdul com 18 anos! parem de ser os tipicos "tugas" e em vez de virem rebaixar quem escreveu o texto, agarrem-se aos problemas importantes que foram aqui lançados e debatam-nos de forma educada.

Anónimo disse...

Parabéns Duarte pela tua reflexão construtiva sobre o rugby.
Fui teu treinador vários anos e sempre admirei as tuas qualidades humanas e desportiva.
Apesar de teres mudado de clube tenho pena de não poder continuar a admirar-te também nos campos de rugby.
Um abraço,
T

Anónimo disse...

Um bom post. Bem argumentado, mas penso que a Nova Zelândia só é melhor que Portugal, Nigéria, Zimbabué etc porque desde pequenos os ensinam a comer como os ensinam a passar bolas de rugby e chutar aos postes como por exemplo. Enquanto cá, dizemos ´"ah, isso é só quando tiverem mais uns aninhos". É uma forma de pensar perfeitamente bacoca.

José de Lopes Gomes

Anónimo disse...

O comentário que fiz foi para, em parte comcluir o que foi dito.

"Se o Daniel Carter concluir que os ABs são melhores do que a selecção da Nigéria porque a Nova Zelândia é um país mais populoso do que a Nigéria e as selecções dos países mais populosos são melhores do que as dos menos populosos, este argumento é válido (a conclusão decorre das premissas) mas não é sólido; a conclusão decorre das premissas, mas as premissas são falsas (a NZ não é mais populosa do que a Nigéria e nem sempre as selecções dos países mais populosos são melhores do que as dos menos populosos).

Cumprimentos,
Vasco M."

José de Lopes Gomes

Anónimo disse...

Parabens Duarte, mas este post é uma verdadeira falácia!

Tinhas obrigação de teres feito mais no rugby nacional, logo tu que na sport tv te assumis-te como o capitão da geração de ouro...(O Tomaz é q n acha o mesmo...temos pena...)

Saudações,
Che

Anónimo disse...

Silveira, manda ai um abraço ao erwin sanchez!

Outro para ti

Anónimo disse...

Duarte bom post.

Concordo na generalidade com tudo o que escreves aqui.

Se possivel, gostaria de saber o porquê de teres deixado de jogar quando ainda tinhas uma tão longa e promissora carreira pela frente.

Um abraço,
Luis Pinto

Anónimo disse...

EHHHHHH VIVA O DIREITO....VIVA A BUBA

Anónimo disse...

Correcção

C.D.U.L. - 12
CF "Os Belenenses" - 20

Anónimo disse...

bolas, concordo e td consigo!

se hoj estams la e cima amanha pod ja nao ser assim!

ha alguns nomes do rugby q nao conheco pois so pratico a modalidade ha 1 epoca e meia.

e as subidas e descidas d algumas eqipas fizeramm pensar...

realment td e possivel. e so nos careditarms.

um texto sem duvida muito bem escrito e claro.

o tomas realment pod nao ter a admiração d tds em certas escolhas mas segurament q tem a admiração d portugal inteiro pela garra audácia e coragem d fazer mudanças!

qer s qeira ou nao ele e um bom treinadr!

e a minha opiniao

Anónimo disse...

Sobre a ARBITRAGEM:

O Rugby é jogado por 2 Equipas que tentam provocar ERROS do adversário.

Resultado: 99% dos ERROS são dos jogadores (avants, passes pró chão, perder a bola num maul, perder uma Touche ou uma Melée, decisões ERRADAS, etc), e 1% dos ERROS são dos árbitros, porque sim, eles também são seres humanos, que ERRAM.

Pergunta: porque quando alguém faz um avant, todo o mundo grita "AVANT", criticando o arbitro, quando quem deveria ser criticado seria o jogador que ERROU?

Finalmente, as prioridades duma Arbitragem devem ser, na minha opinião:

- SEGURANÇA
- SEGURANÇA
- SEGURANÇA
- Vantagem
- e só depois usar as Leis do "Livro"...

Um Abraço,

Anónimo disse...

Mas será que não querem ver ? O CDUL , se melhorou qualitativamente o seu jogo, e conseguiu um segudo lugar na fase de apuramente, não foi pela excelência das suas escolas,foi apenas porque foi reforçar-se com três jogadores nacionais de outras escolas e contragtou três bons estrangeiros. Quais foram as revelações do CDUL vindo das suas camadas de formação? Não se iludam.

Anónimo disse...

penso que este comment é útil em várias áreas menos desenvolvidas no rugby em portugal, mas penso que o duarte poderia ter escrito de forma mais simples e clara. Não é por usar palavras caras que se conquista a opinião pública, basta relembrar que os grandes ditadores sempre usaram linguagem coloquial para conquistar as maiorias!! um abraço e parabéns pela coragem

Anónimo disse...

Luis Pinto:

quando ganhas t tudo que ha pa ganhar em camadas jovens, sempre foste internacional e capitao das rspectivas selecçoes, tal como um anonimo afirma, disses t na tv que eras o capitao da geraçao de ouro, e de repente chegas aos seniores percebes q nao passas de um projecto de jogador que nunca vingou, a continuidade no desporto torna se complicada!

Anónimo disse...

Gostei de ler o texto do Silveira pois, para além de achar que os assuntos que ele abordou são da maior importância, fiquei contente pelo Silveira estar de volta; se não a jogar pelo menos a dar o seu contributo para ajudar o nosso rugbY.

No entanto, fiquei impressionado com o nível de algumas das respostas. Há mais comentários a tentar diminuir o Duarte e todo o seu trabalho feito, no e pelo rugby, do que um interesse sério em discutir honestamente os temas que ele abordou.

Mas afinal já tentaram perceber porque é que se preocupam tanto com o abandono do Silveira? Se ele era essa merda que querem dar a entender, porque é que a saída dele ainda hoje parece incomodar tanta gente? Ou um gajo já não pode escolher outro desporto ou outra vida?

Mas para falar só de arbitragem, sei de arbitros internacionais que, no fim de alguns jogos capitaneados pelo Duarte referiram que tinha sido, para eles, um previlégio arbitrar um jogo com um capitão daquela categoria e com aquela qualidade. Aliás, todas as comitivas portuguesas valorizavam muito estas qualidades do Silveira porque, naquela época, era muito importante para o rugby nacional que os´arbitros internacionais começassem a melhorar as suas opiniões acerca dos comportamentos dos atletas portugueses, de modo a começarem a respeitar mais as nossas equipas. Como vêm há muitas maneiras de bem representar o nosso País.

Para terminar,só quem não conhece o patriotismo do Silveira e a sua enorme e exemplar dedicação ao rugby enquanto praticante é que não entende toda a paixão que a sua escrita deixa transparecer.

Todos podemos ter opiniões diferentes mas, por favor, ELEVEM-SE! o rugby agradece e o País também!

Anónimo disse...

concordo que há muitas maneiras de bem representar o nosso país e que não é só a marcar ensaios ou cantar o Hino com muita garra. Também concordo que todos os atletas têm o seu tempo e a sua época^sem que desmereçam por isso; antes pelo contrário. E o Silveira é um deles
Agora discutam rugby como deve ser

Anónimo disse...

"Mas quem é vossa excelência Duarte Silveira? Quem foi? Qual a sua história rugbistica para estar a escrever palavras que além de estarem mal escritas,(no rugby português não há muitas "fazes", só dizem asneira? Fazes o quê? Esse português Duarte."

epá como é possivel haver gente tao ressabiada. o duarte apenas deu a opiniao dele, e como antigo jogador do cdul, ela foi considerada válida e interessante para lançar uma discussao no blog pelo fundador do blog do CDUL. nao interessa quem foi, quem é ou se deu qualquer tipo de erro a escrever. deu a sua opiniao bem fundamentada. o que queria dizer disse de uma forma perceptivel e clara, é mesmo ridiculo vir paqui gente ressabiada com uma enorme dor de cotovelo comentar por comentar e nem assina. se quer dizer algo ofensivo, embora com uma enorme falta de valor, que assine, que de a cara. mas o melhor mesmo era ficar calado pois so enche a folha de comments desinteressantes e tira paciencia para ler os comentarios valiosos a quem vem aqui com uma atitude de discutir RUGBY, discutir o que o duarte pos em causa com um intuito pedagogico.

Anónimo disse...

Quem vai ser o Cdul SE um jogador(por muito bom que seja) responde a provocações( «Se tivesse em Portugal podiamos combinar um café para recordar com nostalgia esses momentos de história rugbistica, como estou em La Paz, Bolivia, em trabalho aqui fica o meu numero +591 70695385 ligue por favor terei muito gosto em falar consigo»)e que inferioriza jogadores so por nao jogarem bem. Todas as pessoas têm direito á palavra e não é por serem maus jogadores que esta lhes deve ser tirada. Contudo gostava de dizer que concordo com algumas partes do post do Duarte Silveira.
Tambem gostava de referir as intervencões anónimas que muitas acabam por ser incoerentes. Se é só para dizerem porcaria, não escrevam nada.
Abraço a todos que contribuiem para a evoluçao deste desporto, e que rugby fique conhecido por um jogo de pessoas civilizadas e não de marginais.

Jogador do Cdul